diHITT - Notícias Auto Sauer

domingo, 28 de março de 2010

Land Cruiser (Toyota Bandeirantes) - o Indestrutível


"Indestrutível", "sobe até em paredes", "um verdadeiro tanque de guerra". Estas são algumas das frases sempre associadas a um ícone da indústria nacional de veículos fora-de-estrada, que deixou de ser produzido no ano passado: o Toyota Bandeirante.

Para entender como o Bandeirante é sinônimo de robustez, durabilidade e valentia é preciso conhecer um pouco da história da própria Toyota Motor Corporation. O Bandeirante, conhecido no exterior como Land Cruiser, foi um dos principais produtos da marca japonesa no mundo todo e teve a importante missão de atestar a qualidade de seus veículos.




O encerramento da fabricação do Bandeirante, em novembro: último momento de uma trajetória que começou com o 1950 com o Toyota BJ


Tudo começou em 1907, quando o japonês Sakichi Toyoda fundou a Toyoda Loom Works, uma fábrica de teares automáticos para a indústria têxtil, cujo nome passaria depois a Toyoda Automatic Loom Works. Seu filho, Kiichiro Toyoda, participava ativamente do desenvolvimento da empresa, mas tinha outro objetivo em mente: fabricar automóveis.

Em 1930, Kiichiro começava a construir o primeiro protótipo de um motor de combustão interna dentro da fábrica do pai. Em menos de quatro anos, o progresso do jovem Toyoda era tão grande que seu pai acabava levando a idéia a sério, criando a divisão de automóveis da empresa. O primeiro motor, um seis-cilindros em linha de 3,4 litros designado como tipo A, foi construído em setembro de 1934 e o protótipo do primeiro automóvel, o modelo A, concluído em maio de 1935.

Analisando os benefícios fiscais concedidos pelo governo japonês para a produção de veículos utilitários, Kiichiro decidiu que seria melhor entrar no mercado de comerciais leves e caminhões pequenos, deixando de lado o protótipo do modelo A. Em pouco tempo, em agosto do mesmo ano, o utilitário da Toyota estava pronto. Tratava-se do modelo G1, que ficou apenas na fase de protótipo.


O BJ nasceu de um pedido do governo americano a fabricantes asiáticos: precisava de um jipe similar ao Willys MA1 para combater na Guerra da Coréia

Em julho de 1936, o jovem Kiichiro decidia que o nome Toyota tinha uma fonética mais agradável do que o sobrenome utilizado na fábrica de teares do pai. Assim, a Toyota Motor Co. Ltd. era fundada em 28 de agosto de 1937. A primeira fábrica foi inaugurada em novembro de 1938, destinada à produção do modelo BM, utilitário cujo motor de 75 cv seria utilizado como base para o primeiro protótipo do Land Cruiser.

Então veio a Segunda Guerra Mundial e, em 1941, o governo japonês solicitava à Toyota a produção de um utilitário leve, que pudesse ser utilizado na expansão do território japonês durante o conflito. Foram construídos os dois primeiros protótipos do caminhão Toyota AK-10, em 1942, mas o projeto não agradou ao governo, que acabou optando por fazer a solicitação à Nissan.
Infelizmente, não existe nenhum exemplar remanescente ou mesmo fotografia do AK-10. O único registro disponível é um esquema detalhado do primeiro protótipo, que se assemelhava muito ao estilo consagrado do Bandeirante, com grade dianteira bem definida, pára-lamas retos, pára-brisa basculante e apenas uma plataforma traseira, sem caçamba. Grande parte do motor e da transmissão era derivada do modelo BM.


Apesar de considerado por alguns uma cópia do Jeep, o BJ (foto) diferenciava-se pelo entreeixos longo, capacidade de carga superior e transmissão sem caixa de transferência

Com o final da guerra e a rendição do Japão, a Toyota era autorizada a continuar a fabricação de seus utilitários, mas estava proibida de voltar a produzir propulsores aeronáuticos. Em 1947 retornava à produção de dois modelos, o BM (caminhão leve) e o SB (utilitário para pequenas cargas).

O Jeep japonês Três anos depois, com o advento da Guerra da Coréia, o governo americano estava procurando um fabricante asiático que fosse capaz de entregar em tempo recorde 1.000 veículos 4x4, semelhantes ao Willys Overland MA1. Aproveitando toda sua experiência na produção de utilitários, a Toyota não pensou duas vezes e apresentou sua versão para o Jeep: o Toyota BJ.

Analisando apenas o desenho externo, muitos consideram o Bandeirante uma cópia fiel dos primeiros Willys MB, assim como vêem em seu primeiro protótipo, o Toyota BJ, uma cópia dos jipes da Bantam, primeira fábrica a apresentar um projeto de jipe ao governo americano. Mas isso é desmistificado pelas especificações de cada modelo: as semelhanças se limitavam ao formato retilíneo, ao pára-brisa basculante e aos três assentos.

A única semelhança do Land Cruiser com um produto americano era o motor Toyota 2F, nitidamente baseado no Chevrolet de seis cilindros em linha e 3.687 cm3, popularmente conhecido nos EUA como "maravilha de ferro fundido". A semelhança é tanta que todos os agregados do motor são intercambiáveis, o que faz do motor Toyota uma cópia quase perfeita do motor Chevrolet. Até o ruído de funcionamento é praticamente o mesmo.


Curiosamente, o motor do primeiro jipe da Toyota era muito parecido ao Chevrolet de seis cilindros e 3,7 litros. Até o ruído de funcionamento era praticamente igual


Os detalhes restantes eram exclusivos do projeto da Toyota: sua capacidade de carga era bem superior, o entreeixos chegava a 2,38 metros (limitado no Willys MA a 75 polegadas, 1,9 metro), era mais alto, a transmissão não contava com caixa de transferência e o peso era bem maior. Ficava bem distante, portanto, das exigências do exército para o Willys MA, projetado de maneira a ser o mais leve e compacto possível, além de poder utilizar a mecânica de um automóvel comum (o "pequeno" Continental de quatro cilindros). Neste caso, o torque insuficiente para um utilitário seria compensado por uma caixa de transferência de duas velocidades, capaz de transformar o 4x4 americano em um pequeno trator.

O projeto do BJ seguia uma linha totalmente diferente, onde componentes mecânicos dos caminhões Toyota eram aproveitados em larga escala para baratear o desenvolvimento. Em vez de um 4x4 leve e compacto, o resultado final mais se assemelhava a um pequeno caminhão, robusto ao extremo -- uma das principais características do Bandeirante.
O torque do motor B-85 de seis cilindros e 3,7 litros -- 28,7 m.kgf a 2.300 rpm -- era suficiente para descartar a necessidade da caixa de transferência. Era adotada uma transmissão de quatro marchas, sendo apenas as duas últimas sincronizadas. A primeira era uma espécie de reduzida, com relação extremamente curta (5,53:1), suficiente para multiplicar o torque enviado às rodas quando necessário.


O FJ25, um dos primeiros da linhagem a utilizar o nome Land Cruiser. Despojado mas muito robusto e valente, era semelhante ao primeiro Toyota montado no Brasil

Como se não bastasse, o Toyota AK-10, precursor mais antigo do Land Cruiser, era apresentado apenas um ano depois que os primeiros MA1 da Willys-Overland chegavam ao Japão -- tempo insuficiente para que a Toyota desenvolvesse seu produto com base no 4x4 americano. Além disso, o primeiro lote de Willys MB não havia chegado ao Pacífico até 1943, o que afasta em definitivo a idéia de que o Land Cruiser seja uma cópia do Jeep ou, muito menos, do Land Rover, que só estaria disponível a partir de 1949.

Land Cruiser, a origem Apesar de conhecido pelas forças armadas americanas como "Toyota Jeep", o nome Jeep era uma marca registrada da Willys-Overland, o que forçou a Toyota a adotar outro nome. Em 24 de junho de 1954 o mundo passava a conhecer o Land Cruiser. A produção começara em 1953, com o mesmo estilo "patinho feio" do primeiro Bantam, e permaneceria assim por três anos, até que surgisse o Land Cruiser FJ-25.


A perua FJ28, com acabamento em madeira nas laterais, lembrava as primeiras Rural Willys vendidas aqui

Praticamente igual ao primeiro Bandeirante que chegaria ao Brasil em 1958, usava uma evolução do motor anterior, conhecida como 2F, cuja cilindrada era aumentada para 3,8 litros em 1955. A qualidade geral não impressionava, em parte pelo estilo um tanto incomum e pelo acabamento (ou ausência dele...). Mas bastavam poucas voltas ao volante para perceber que se tratava de um veículo valente, que convencia pela capacidade de se deslocar em terrenos irregulares e pela robustez do conjunto mecânico.

Ainda em 1954 os primeiros Land Cruisers eram exportados para o Paquistão, conhecido por suas condições inóspitas. Aos poucos o Toyota ganhava mercado, sendo vendido logo em seguida para a Arábia Saudita, país em que se tornaria muito popular pela resistência e qualidade. Fez tanto sucesso no Oriente Médio que a produção paquistanesa começou em 1970. Para atender à enorme demanda no Oriente Médio e sul da Ásia, mais uma linha de produção surgiria em Bangladesh, em 1982.



Países da África e Oriente Médio, com suas condições severas de rodagem, foram alguns dos principais mercados do Land Cruiser, apreciado por sua resistência

Através da Etiópia os primeiros Lands ingressavam em 1956 na África, onde a Toyota acabou enfrentando problemas para divulgar seu produto, por causa da grande variedade de dialetos falados no continente. A solução encontrada foi rodar com um único jipe por todo o território africano, apresentando-o em todos os países e fazendo uma verdadeira "propaganda boca a boca". O resultado da campanha foi tão bom que, em 1977, a Toyota montava uma linha de produção do Land Cruiser no Quênia.

Em 1957 o jipe nipônico chegava aos Estados Unidos. Fez tanto sucesso que continuou a ser exportado para lá até 1983. As vendas para o Canadá começavam em 1964, e logo esses dois mercados tornavam-se tão representativos para a Toyota que consumiam boa parte da produção japonesa.

E não parou por aí. Em julho de 1959 as primeiras unidades chegavam à Austrália, onde o Land Cruiser se tornou tão popular a ponto de a fábrica japonesa não poder atender à demanda. Isso motivou a construção de nova unidade na Indonésia, em 1970, para suprir o mercado australiano e da Ásia Central, de maneira a destinar maior parte da produção japonesa ao mercado americano. Em 1964 começavam as exportações para a Europa, com as primeiras unidades sendo destinadas à Dinamarca, depois à Finlândia, Holanda, Bélgica, Suíça, Grã-Bretanha, França, Itália, Áustria, Grécia e Alemanha.



O Land Cruiser 1961, praticamente idêntico ao que a Toyota começou a montar aqui, com peças importadas, em 1958

É exatamente diante deste sucesso mundial que se pode considerar o Land Cruiser verdadeiro "cartão de visitas" da Toyota por todos os países em que esteve e está presente. O jipe foi seu principal produto não apenas no Brasil, mas em diversas partes do mundo, o que ajudou a construir a boa imagem da marca nipônica nos quatro cantos da Terra.

No Brasil Em 23 de janeiro de 1958 estabelecia-se a Toyota do Brasil Indústria e Comércio Ltda., subsidiária da empresa japonesa. Ainda com sede no bairro do Ipiranga, na capital paulista, começava a montar o Land Cruiser FJ-251 em maio do ano seguinte pelo sistema de conjuntos CKD (completely knocked-down, completamente desmontados). Primeira atividade deste tipo fora da matriz japonesa, duraria até ser inaugurada a fábrica de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, em novembro de 1962.



Interior simples, mecânica robusta: receita ideal para o Brasil da época

O Toyota brasileiro era um jipe de 3,83 metros de comprimento, 2,28 metros entreeixos e 1.450 kg de peso. Podia acomodar -- modo de dizer, já que o conforto era mínimo -- seis pessoas em dois assentos inteiriços, enquanto dois bancos traseiros laterais aumentavam a capacidade para sete a nove pessoas. O motor Toyota 2F a gasolina, de seis cilindros e 4,0 litros, o levava a pouco mais de 100 km/h.

Apenas um ano depois do início da montagem, em 1959, já alcançava 60% de nacionalização. Em 1961 a capota de lona tornava-se disponível e o motor passava a ser o OM-324 a diesel, fornecido pela Mercedes-Benz, com 78 cv brutos a 3.000 rpm. Embora mais fraco que o antecessor, consumia menos e tinha torque suficiente para as funções do veículo. O principal objetivo da mudança, porém, era aumentar a nacionalização dos componentes.



Quatro anos depois, inaugurava-se a fabricação do Bandeirante em São Bernardo do Campo, SP, já com motor diesel fornecido pela Mercedes-Benz

Com a produção brasileira, o produto era rebatizado de acordo com a onda nacionalista da época: o Land Cruiser passava a Bandeirante, quase uma tradução literal do nome original em inglês. Um veículo desbravador, aventureiro, que não temia caminhos desconhecidos e não escolhia estradas. Um utilitário perfeito para um país até então estritamente agrário e com uma malha viária muito reduzida.

As carrocerias eram fabricadas em São Caetano do Sul pela Brasinca, tradicional fabricante de carrocerias em chapa de aço. Em 1963 o jipe com capota rígida, de aço, passava a ser uma opção ao lado do picape com caçamba também de aço, mais tarde denominado picape de chassi curto, dada a oferta de um chassi mais longo pela Toyota. Detalhe curioso é que este picape era considerado no mundo todo um LWB (long wheelbase, entreeixos longo), uma vez que o SWB (short wheelbase, entreeixos curto) era fabricado sobre o chassi do jipe curto.

A transmissão era a mesma do modelo japonês, com a primeira marcha muito reduzida (relação de 5,41:1) e a segunda sendo usada para arrancar no uso urbano; apenas a terceira e a quarta marchas eram sincronizadas. Em 1968 o jipe alcançava 100% de produção nacional e no ano seguinte a carroceria passava a ser feita na própria Toyota, em São Bernardo.

Sem mudanças significativas de estilo, o Bandeirante recebia apenas alterações técnicas de tempos em tempos. Em 1973 era adotado o motor Mercedes-Benz OM-314. Trazia injeção direta de combustível, cilindrada de 3.784 cm3 e potência de 85 cv líquidos a 2.800 rpm, além de taxa de compressão mais baixa -- 17:1 contra 20,5:1 dos primeiros Mercedes --, para um funcionamento mais suave.



Embora ganhasse aprimoramentos mecânicos e de conforto, o Bandeirante teve uma evolução lenta. E manteve, durante 43 anos, as mesmas linhas básicas da carroceria (na foto um Land Cruiser 1979)


Lenta evolução A empresa só deixou de ser deficitária em 1978. Em 1980 a demanda impunha um ano de espera aos compradores e, em maio do ano seguinte, vinham enfim um câmbio de quatro marchas "reais" (a primeira, embora curta, devia ser usada nas saídas pois a segunda estava mais longa) e uma caixa de transferência com duas velocidades, como no Jeep. O Bandeirante passava a ter quatro marchas "reais" e mais quatro reduzidas, alteração que já havia sido feita nos Land Cruisers japoneses em 1974. Outra novidade estava na grade do radiador.

Atenta a uma prática comum no mercado, a Toyota passava a oferecer no Brasil os chassis mais longos já utilizados no Land Cruiser, colocando no mercado picapes com e sem caçamba de entreeixos maior. Outras mudanças eram as maçanetas das portas embutidas, juntas homocinéticas no lugar das tradicionais cruzetas, redimensionamento do sistema de escapamento, com novos pontos de fixação, e árvore de transmissão (cardã) bipartida, com rolamento central, de maneira a suavizar as vibrações do sistema.


A variedade de opções era um ponto alto do Toyota: além do jipe, eram oferecidos picapes com e sem caçamba e peruas, além de distâncias entre eixos diversas

Havia ainda a cabine dupla, opcional no picape de chassi longo, e o eixo traseiro flutuante nos picapes. Nesse sistema, os cubos de roda são apoiados diretamente na carcaça do eixo e as semi-árvores são responsáveis apenas pela tração. Trata-se de um sistema mais seguro, uma vez que no eixo semi-flutuante os cubos das rodas são fixados diretamente nas semi-árvores.

No caso de quebra da semi-árvore, sendo o eixo flutuante, ocorre apenas a perda da tração. Já no caso do eixo semi-flutuante o veículo perde uma das rodas, ficando praticamente desgovernado. O eixo flutuante é muito utilizado por caminhões e utilitários pesados como o Bandeirante, mas infelizmente deixado de lado na maioria dos picapes médios e grandes.
Em 1985 surgia um painel de instrumentos mais completo, que reunia o marcador de combustível, termômetro do motor, manômetro do óleo e voltímetro, todos no painel principal, com conta-giros e relógio do lado direito. Havia também a oferta de "santantônio", quebra-mato, rodas largas, faróis auxiliares e cores alegres, em busca do público jovem. Dois anos depois o sistema de freios era redimensionado (sempre foi fonte de problemas constantes, o principal ponto fraco do Bandeirante;) e a direção assistida era oferecida como equipamento opcional, para os que exigiam certo conforto.

No final dos anos 80 surgia uma pequena reestilização da linha, com grade em plástico preto incorporando os faróis principais, que passavam a ser retangulares e assimétricos -- até então o tipo usado era o sealed-beam, totalmente vedado, mas menos eficiente. O filtro de ar utilizava elemento de papel, em vez do tradicional filtro a óleo, e o sistema de escapamento tinha os pontos de fixação alterados por causa de outro aprimoramento: o motor Mercedes-Benz OM-364, com taxa de compressão e potência mais altas do que o antigo OM-314 (17,3:1 contra 17:1 e 90 cv líquidos contra 85 cv).


O jipe BJ50LV de 1992 trazia o novo emblema frontal da marca, mas o motor permanecia Mercedes. Pneus mais largos, melhor acabamento e acessórios como ar-condicionado buscavam um público mais interessado no lazer


Em 1993 era introduzida uma das mudanças mais bem-vindas para o Bandeirante: o câmbio de cinco marchas, com quarta direta (relação 1:1) e a quinta funcionando como sobremarcha. A novidade permitia sensível queda no consumo rodoviário e viagens em velocidades de cruzeiro mais altas -- antes limitadas pelo câmbio de quatro marchas, com o qual dificilmente conseguia manter mais de 100 km/h constantes.



A radiografia mostra o robusto chassi do picape com carroceria de madeira, modelo 1992


Outras mudanças eram o tanque de combustível maior, de 63 litros; a direção assistida como equipamento de série, com amortecedor de direção instalado entre as longarinas, necessário para eliminar a vibração no volante, popularmente conhecida como shimmy e comum em utilitários; sistema de ventilação forçada; suspensão com estabilizadores; melhoramentos no sistema de freios, mais uma vez; e válvula moduladora da força de frenagem no eixo traseiro para os picapes, o que amenizava a tendência a travamento das rodas posteriores quando descarregados.

No ano seguinte o Bandeirante voltava ao usar um motor Toyota japonês, o mais moderno 14B, que priorizava a potência em rotações mais altas: 96 cv a 3.400 rpm, contra 90 cv a 2.800 rpm do OM-364 da Mercedes. Melhorava o desempenho na estrada, podendo-se manter velocidades em torno de 110/120 km/h sem problemas, mas não havia a mesma força do motor Mercedes em baixas rotações, o que acabou por criar duas "facções" entre os tradicionais consumidores do Bandeirante.


Aprimoramentos internos deixaram o Bandeirante menos áspero,
mas ele nunca foi exemplo de conforto, mesmo comparado a outros jipes

Alguns preferiam a suavidade de funcionamento e o melhor desempenho na estrada do 14B, enquanto outros não abriam mão da durabilidade e do torque do motor Mercedes: 24 m.kgf a apenas 1.800 rpm. O 14B também não prometia a durabilidade do OM-364, que podia chegar facilmente a 1.000.000 de quilômetros quando bem cuidado, além de ter uma rede de assistência técnica infinitamente superior, pois incluía as concessionárias de caminhões Mercedes -- também tradicionais pontos-de-venda do jipe. Depois de 34 anos no mercado, a Toyota finalmente instalava freios a disco nas rodas dianteiras, solucionando os problemas no sistema hidráulico que os tambores muitas vezes apresentavam.

Em 1999 era apresentado o picape de cabine dupla e quatro portas, para disputar mercado com o Land Rover Defender 130 em aplicações como empresas de eletricidade e telefonia, que precisam chegar a locais de difícil acesso. Nesses serviços o nome Toyota era sinônimo de utilitário, assim como ocorrera com Jeep (jipe). Mas, apesar de um desempenho fora-de-estrada similar ou até superior, o Bandeirante não era páreo para o Defender em conforto, seja pelo espaço da cabine ou pelas molas helicoidais, adotadas na suspensão do utilitário de origem inglesa.



O jipe BJ50LVB, de entreeixos mais longo. A substituição do motor Mercedes por um Toyota de rotação mais alta foi rejeitada por parte dos compradores

Em outubro a marca de 100.000 unidades produzidas era alcançada, mas o fim do Bandeirante estava próximo. Apesar de mais moderno que os antigos Mercedes-Benz, o motor 14B já não se enquadrava nas normas de emissões de poluentes que entrariam em vigor. No início de 2000 a Toyota iniciava estudos para substituí-lo por um propulsor mais atual, talvez um turbodiesel de menor cilindrada, a exemplo do Land Rover e do JPX. Mas as opções disponíveis se mostravam inviáveis.

Depois de mais de quatro décadas com um importante papel no desenvolvimento do País e sendo sinônimo de robustez a toda prova, a última unidade do Bandeirante -- um jipe curto com capota de aço -- deixava a linha de produção, levando a sério um de seus maiores slogans publicitários: "o Toyota fica e os outros passam", com sua foto ao lado de um ferro-velho, ou "o Toyota passa e os outros ficam", mostrando-o em um atoleiro.



A recente série Sport, mais uma tentativa de cativar o público jovem. Pouco depois o Bandeirante entregava os pontos, vítima das normas de emissões e do desinteresse da marca em mantê-lo

Foram 103.750 unidades produzidas, que sobem para 104.621 se somados os Land Cruisers montados em CKD. Esse indestrutível desbravador de caminhos com certeza deixará saudades, inclusive por representar uma das poucas opções no segmento dos jipes "puros e duros", que a cada ano dão lugar a todo tipo de utilitários-esporte, mais luxuosos e confortáveis, mas inadequados à proposta original de um legítimo 4x4.

Se o Bandeirante manteve-se praticamente inalterado no Brasil, no Japão a Toyota apresentava já em 1967 uma nova geração do Land Cruiser, a FJ-55 (o nacional equivalia ao FJ-40). Era uma perua fechada de quatro portas, com 2,64 metros de distância entre eixos e a mecânica do FJ-40.




Em 1970 passava a ter linhas mais atuais, com os pára-lamas integrados ao pára-choque dianteiro (como no Jeep Wrangler), mas de péssimo resultado visual. A transmissão de quatro velocidades vinha em 1974, os antiquados motores F eram substituídos pelo 2F de 4,2 litros em 1975 e os freios a disco passavam a ser de série em 1976.

O jipe Land Cruiser tradicional permanecia sem mudanças, mas em 1980 surgia a nova perua FJ-60,. Começava a dinastia dos utilitários-esporte da Toyota, já que a FJ-60 oferecia ar-condicionado e direção assistida de série. O interior era acarpetado e as linhas da carroceria mais arredondadas. Permaneceu até 1987, com algumas inovações para a linha, como o câmbio automático e o motor 3F, mais potente e com injeção.

Em 1988 o modelo deixava de lado o par de faróis redondos para utilizar dois pares de faróis quadrados. Assim ficou como FJ-62 até 1991, quando chegava a terceira geração, FJ-80. Com um visual renovado e mais atraente, muito semelhante aos primeiros Hilux SW4 que chegaram ao Brasil, a FJ-80 trazia tração 4x4 permanente e suspensão independente nas quatro rodas com molas helicoidais, uma novidade para a linha Land Cruiser.

Um novo motor de seis cilindros em linha, 4,5 litros, duplo comando e quatro válvulas por cilindro, com potência de 212 cv, era introduzido em 1993 como o mais potente já utilizado em um Land Cruiser até então. Oferecia ainda opcionais como revestimento dos bancos em couro, assentos para oito passageiros, toca-CDs, bloqueios de diferencial manuais para cada eixo e bloqueio automático do diferencial central.

Em 1998 surgia a quinta geração do utilitário. Maior, mais pesado e mais forte que seu antecessor, além de mais rápido, econômico e menos poluente, vinha com o primeiro V8 utilizado na divisão Toyota (desenvolvido pela Lexus), com 4,7 litros, 32 válvulas e 230 cv. Hoje pode ser encontrado com controle de tração ativo (Active TRAC) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD), entre outros refinamentos que o Land Cruiser original, ou mesmo o Bandeirante, jamais sonharia em ter.

Ficha Técnica

OJ 50L - jipe, capota de lona OJ 50L - jipe, capota de lona OJ 50LVB - jipe longo, capota rígida
1985 1992 1992
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha
Comando e válv. por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 97 x 128 mm 102 x 112 mm
Cilindrada 3.784 cm3 3.661 cm3
Taxa de compressão 17:1 18:1
Potência máxima 85 cv a
2.800 rpm
96 cv a
3.400 rpm
Torque máximo 24 m.kgf a
1.800 rpm
24,4 m.kgf a
2.200 rpm
Alimentação bomba injetora e injeção direta
CÂMBIO
Marchas e tração 4, integral 5, integral
FREIOS
Dianteiros e traseiros a tambor a disco / a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira e traseira eixo rígido, feixe de molas semi-elíticas
DIREÇÃO
Assistência não hidráulica
RODAS
Pneus 6,50 - 16
DIMENSÕES
Comprimento 3,835 m 3,93 m 4,395 m
Entreeixos 2,285 m 2,755 m
Peso 1.730 kg 1.950 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 115 km/h ND
Aceleração de 0 a 100 km/h 33 s ND
ND = não disponível

Há poucos anos a Toyota japonesa desenvolveu, como carro-conceito para um salão americano, um Land Cruiser de estilo "retrô". Com base no chassi do modelo nipônico atual, foi criada uma carroceria que lembra muito a de nossos Bandeirantes até os anos 80 -- em função dos faróis redondos --, só que mais imponente, por causa da largura bem maior e grandes pneus.

O resultado foi bastante curioso: poderia o velho jipe brasileiro ser relançado lá fora, seguindo a onda nostálgica já seguida por numerosos fabricantes?




(Web Motors - Carros do Passado)

Águas de Lindóia reúne clássicos de 18 a 21


A cidade de Águas de Lindóia será sede, entre os dias 18 e 21 deste mês, da 13ª Edição do Encontro Paulista de Autos Antigos. A organização pretende reunir mais de 700 carros clássicos durante os quatro dias do evento e fazer da mostra a maior do Brasil. Em 2008 até colecionadores portugueses estarão presentes com seus clássicos.

Tradicionalmente de alto nível, o Encontro de Águas de Lindóia costuma reunir modelos caros e raros. Em 2007, destaque para o Lancia Lambda 1927, Rolls-Royce Silver Wraith 1957, Cord 810 Phaeton 1936, Maserati Ghibli 1973, AMC Javelin 1971, Ferrari 365 GT Coupé 1967, entre outros.

Os nacionais também aparecem em grande número, com figurinhas carimbadas como Fusca, Maverick, Dodge e Opala, dividindo espaço com Chrysler Esplanada, Willys Itamaraty e Interlagos, Simca, picapes Ford F100 e Chevrolet Brasil, Chevette, Dodge Polara, Passat, entre outros. 
 
Há ainda o mercado das pulgas, com suas inúmeras barracas vendendo tudo relacionado a carros antigos, de peças raras e difíceis de ser encontradas, a camisetas e carros inteiros. Que se inscrever para expor seu clássico também poderá participar de bailes, jantares e shows, realizados pela Sociedade Feminina de Autos Antigos, que realiza o evento.

Trata-se de um programa imperdível para os fãs de carros antigos.
Mais informações podem ser obtidas pelo endereço www.encontropaulistadeautos.com.br.
(Interpress Motors)

PSA investirá R$ 1,4 bi no Brasil

A empresa francesa PSA Peugeot Citroën investirá R$ 1,4  bilhão até 2012 para o desenvolvimento de suas atividades no Brasil. O anúncio foi feito na manhã dessa quinta, dia 25, por Philippe Varin, presidente mundial da PSA Peugeot Citroën.



Durante uma solenidade no Palácio Laranjeiras, na presença de Sérgio Cabral Filho, governador  do  Rio de Janeiro, Varin ressaltou que o  investimento também permitirá o aumento de 50% da capacidade de produção da planta de Porto Real, no interior do estado do Rio. Foi confirmado para maio o lançamento da pick-up compacta Peugeot Hoggar – foto – e a marca Citroën ainda prepara o lançamento de um novo modelo no segundo semestre. Seria uma versão "aventureira" do monovolume compacto C3 Picasso, que deve se chamar Aircross  e concorrerá com o Ford EcosSport. 

O holding que controla as marcas Peugeot e Citroën  tem participação atual de 5% no mercado brasileiro. No entanto sua meta mundial é alcançar 10% de participação em cada mercado atuante, inclusive o brasileiro. Para isso, o presidente da PSA revelou a intenção de produzir um carro que concorra com os modelos de entrada de marcas como Volkswagen, Fiat, Ford e Chevrolet. Provavelmente, o modelo chegaria com a marca Peugeot e teria um propulsor 1.0 litro.
(Uol)

sábado, 27 de março de 2010

Freios Brembo, freios de alta-performance


Brembo é um fabricante de sistemas de freios, especiais para carros e motos "high-performance". Estabeleceu-se em Bergamo, Itália em 1961. Logo depois que a companhia foi fundada, se especializou em discos de freio, que foram exportados para o Reino Unido no princípio. Fizeram um contrato com a fábrica da Alfa Romeo em 1964, e viraram o fornecedor oficial de componentes de freios, logo em seguida para a Moto Guzzi em 1972.





Nos anos 80, começaram a fornecer para a Porsche, Mercedes-Benz, Lancia, BMW, Nissan, e Chrysler. Hoje a Brembo é fornecedora principal de sistemas de freios de desempenho e componentes.



A Brembo possui as certificações QS9000 e ISO 9001. A Brembo tem manufatura para a produção dos materiais iniciais, e fábricas que terminam o produto. Seus processos são feitos à máquina e são de alta qualidade. As máquinas executam cada etapa do processo, desde refinar à distribuição, incluindo montar, testar, e embalar.



Os freios da Brembo são equipamento padrão em marcas de super-carros, tais como Aston Martin, Porsche, Ferrari, Maserati, Mercedes-Benz , e Pagani, e em alguns carros esportivos americanos, Ford GT e carros tipo (Muscle-Cars). Outras marcas que têm freios Brembo (ou padrão ou como uma opção) incluem Alfa Romeo, Chrysler, Fiat, Honda/Acura, Nissan/Infiniti, Mitsubishi, Jaguar, land rover, Renault, ASSENTO e Subaru. E os fabricantes de motocicletas usam sistemas de freio da Brembo: Ducati, MV Agusta, Aprilia, Moto Guzzi, Bimota, BMW, Harley-Davidson, KTM, IMZ-Ural, Yamaha nos 2007 Yamaha modelo YZF-R6.


Freios Brembo são usados também por várias equipes da fórmula-1, incluindo Ferrari e as equipes da MotoGP da Yamaha e da Ducati. As fábricas são instaladas em Bergamo, e contam agora com mais de 4300 empregados, dentro do país e nas filiais no Brasil, China, Japão, México, América do Norte, Polônia, Espanha, Suécia, Reino Unido.

Espero um dia equipar meu antigo Opala com um belo par de freios Brembo.

Oggi o primeiro sedã da Fiat no Brasil, versão CSS esportiva


O pequeno Fiat 147 não cresceu, mas multiplicou-se. Depois de dar origem à picape e ao furgão Fiorino, além da perua Panorama, em 1983 foi a vez de ousar no sedã.

No imaginário brasileiro da época, esse tipo de carro, ainda que derivado de hatches compactos, era visto como algo acima da classe a que pertencia. A concorrência já estava acirrada, tendo Chevette e Voyage como as grandes forças da categoria. O trunfo do Oggi estava no porta-malas, um latifúndio de 440 litros.
Também em tecnologia ele saía na frente. Com o Oggi, estreava no Brasil um recurso que ficaria mais conhecido depois de 1988, já na era da injeção eletrônica: o sistema de cut-off, que fechava a borboleta de aceleração por meio de uma válvula eletromagnética, aumentando a economia de combustível nos grandes declives.


Avanços técnicos, no entanto, não conseguiam ofuscar seu desenho um tanto burocrático. Eram praticamente as linhas gerais do Spazio com o acréscimo de uma longa traseira. Até mesmo as lanternas traseiras eram iguais às daquele 147 com desenho mais moderninho, o que definitivamente constrastava com o estilo bem mais quadrado, porém mais equilibrado, do Voyage.

Não demorou para que o carrinho fosse posto para correr. Lançado no ano em que a Fiat sagrara-se campeã de Marcas e Pilotos, ele não haveria de fugir da luta nas pistas. Mas a condição era que existisse uma série de carros de rua que permitisse a homologação para as pistas. 

Como forma de promover o Oggi e ao mesmo tempo transformá-lo em carro competitivo, em fins de 1984 surgia uma versão limitadíssima, com tiragem de apenas 300 exemplares: a CSS (Comfort Super Sport). De cara, chamava atenção por ter apenas uma cor: preta, com faixas adesivas vermelhas bem finas, mais o nome em letras bem maiores que as usadas nos Oggi "civis". Com rodas de liga leve e piscas dianteiros transparentes, o primeiro Fiat nacional com motor acima de 1,3 litro não ficava apenas na aparência nervosa. Para ser mais preciso, eram 1415 cm3, uma cilindrada que chegava a 1490 cm3 nas unidades endereçadas aos autódromos. Com isso, mais cabeçote especial, atingia potência líquida de 78 cavalos, boa marca para a cilindrada e melhor ainda levando-se em conta que aqueles eram tempos carburados. 

Outras mudanças mecânicas ocorriam no câmbio: mantendo cinco marchas, usava escalonamento mais curto e apresentava engates mais macios e justos, melhorando tanto a esportividade quanto a facilidade de condução. Na frente, homocinéticas de maior capacidade e barra estabilizadora de 21 milímetros, 2 a mais que os 19 da linha. Atrás, bandejas de suspensão novas, que possuíam uma borda mais pronunciada que as normais da família. Todas essas mudanças acabariam também sendo incorporadas ao Uno, que também estreava naquele mesmo ano. 

Não escondendo sua vocação esportiva, chama atenção a cambagem das rodas traseiras, bastante negativa para a média dos carros de rua. Essa característica ajudava, nas curvas mais fortes em velocidades idem, a transmitir sensação de controle ao motorista. Os carros de pista tinham cambagem ainda mais negativa e contavam com amortecedores reguláveis. Para completar o kit, uma caixa de direção mais direta.


Nas ruas, os CSS também mudavam interiormente, adotando o mesmo painel mais esportivo do Spazio TR, com conta-giros. À esquerda do quadro de instrumentos, completam o conjunto manômetro de óleo e voltímetro. No lugar dos bancos baixos e com encosto de cabeça regulável em altura, entravam outros mais altos e envolventes. Para trás, a visibilidade era auxiliada por dois retrovisores externos modelo Panther, com comando interno por alavanca. 

O acabamento, com predomínio da cor preta, era quebrado pelo veludo dos bancos e portas mais a costura usando uma viva cor vermelha, mesma tonalidade dos cintos de segurança, iniciando uma marca que ficaria registrada nos Uno R e recentemente ressuscitada pela versão esportiva do Palio. O volante era de quatro raios, com o mesmo desenho do fora-de-série Dardo, mas com aro de borracha espumada que costumava se esfarelar com o tempo. Ao centro, o logotipo Fiat de desenho mais tradicional, semelhante ao que foi recentemente reincorporado à marca.

Porém, se em 1983 a Fiat fora bem no campeonato, no ano seguinte comeu poeira dos Voyage e Escort das equipes adversárias. Ainda assim, os Oggi de briga fariam bonito naquele ano, chegando em segundo lugar na categoria B das Mil Milhas nas mãos de Átila Sippos e Egon Herzfelt. Perdeu apenas de um 147, mas ficou na frente de todos os Escort que correram a prova. Sob a batuta de Fábio Sotto Mayor e Paulo Gomes, também chegou em segundo nas 12 Horas de Goiânia. 

Ainda que bom nas pistas, o Oggi não teve carreira brilhante, tendo se retirado de cena em 1985, dando lugar ao Prêmio. Nas pistas, a defesa da Fiat no campeonato de Marcas e Pilotos ficava a cargo do Uno, que dispensava o motor do CSS, uma vez que seu 1.3 enquadrava-se no regulamento. Hoje, achar um daqueles 300 Oggi de briga é raro e as unidades restantes andam conseguindo bons preços de venda. O empresário Roberto Jacob, dono do carro que você vê aqui, é um desses casos de gente que queria o modelo na época em que era zero. O exemplar, com 106000 quilômetros, foi adquirido de seu primeiro dono. Se já é difícil encontrar um Oggi em bom estado, o CSS é figurinha ainda mais carimbada, um novo item a freqüentar a lista dos colecionadores.

Preço
Novembro de 1984 - Cr$ 21 milhões
Atualizado - R$ 76900


Ficha técnica

Oggi CCS

Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, refrigerado a água, comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada, 2 válvulas por cilindro localizadas no cabeçote, alimentação por carburador Weber de corpo duplo e venturis de 34 mm, movido a álcool.

Diâmetro x curso: 76 x 78 mm
Potência: 78 cv a 5600 rpm
Torque máximo: 11,4 mkgf a 3000 rpm
Câmbio: manual de 5 marchas, tração dianteira
Carroceria: sedã, 2 portas, 5 lugares, monobloco de aço
Dimensões: comprimento, 397 cm; largura, 154 cm; altura, 135 cm; entreeixos, 222 mm
Peso: 810 kg (CS)
Suspensão: Dianteira: McPherson com braços transversais, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora de 21 mm. Traseira: McPherson com mola parabólica transversal, amortecedores hidráulicos telescópicos
Freios: discos sólidos na frente, tambor atrás
Direção: pinhão e cremalheira, mecânica, 3,5 voltas de batente a batente
Rodas e pneus: liga leve, 165/70 R 13
(Quatro Rodas)

Fabricado artesanalmente, Lobini H1 é nacional mais rápido


Com visual de superesportivo importado, modelo feito em Cotia (SP) custa R$ 170 mil

FICHA TÉCNICA
Lobini H1
Motor
: traseiro, transversal,
quatro cilindros em linha,
20V, a gasolina,
1.781 cm³ de cilindrada
Potência: 180 cv a 5.700 rpm
Torque: 23 kgfm a 2.100 rpm
Câmbio: manual, de cinco velocidades
Direção: hidráulica
Suspensão: independente nas quatro rodas, com braços triangulares em aço carbono e amortecedores hidráulicos JRZ tipo competição
Freios: a disco nas quatro rodas
Dimensões: 3,72 m de comprimento; 1,80 m de largura; 1,18 m de altura; 2,40 m de entreeixos
Peso: 1.030 kg
Tanque: 58 litros
Preço:
R$ 170 mil