diHITT - Notícias Auto Sauer: agosto 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Merkel diz que não há possibilidade de GM manter Opel

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje não ter o menor indício de que a companhia General Motors (GM) pretenda manter o controle sobre a marca automobilística alemã Opel, e advertiu que, nesse caso, não haveria possibilidade de dar ajudas estatais a essa filial.

"Essa solução nunca nos foi colocada", disse Merkel, em declarações à televisão privada "N24", para ratificar que seu governo já se decidiu pelo plano apresentado pelo consórcio canadense-austríaco Magna.

A imprensa americana afirmou estes dias que, por parte da GM, existe o plano de manter o controle sobre a Opel, apesar de que, sobre a mesa, só se trabalha sobre as opções de aquisição apresentadas pela Magna e pelo investidor belga RHJ International.

O governo alemão seria o principal avalista da operação e advertiu que só aceitará o plano da Magna.

Em suas declarações à televisão, Merkel afirma que não pode haver uma ajuda estatal se a GM efetivamente pretendesse ficar com a Opel, já que "o que for financiado a partir da Europa deve ficar na Europa".

"Estamos negociando com a parte americana sobre questões ainda abertas a respeito do conceito da Magna", disse Merkel, que expressou sua confiança de que, após a próxima reunião do conselho da GM, em 8 e 9 de setembro, saia uma decisão.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Redução do IPI ajuda a crescer vendas de carros importados

As vendas subiram 20% em relação ao ano passado.
Redução do IPI para importados com motor até 2.0 ajudou.

As vendas de carros importados subiram 20% em relação ao ano passado. Parte da explicação está na redução do IPI, que também vale para importados com motor até 2.0. Além disso, as montadoras, que não conseguem vender lá fora, perceberam que podem ter um bom mercado aqui.

Os importados de luxo ganharam espaço: design diferenciado, tecnologia, motor potente. Um carro importado é objeto de desejo de muita gente. Ser importado já foi sinônimo de luxo. Mas com a entrada de novas marcas no mercado brasileiro chegaram também modelos mais acessíveis.

“O leque de importados tem para todos os tipos. Carros médios, carros de luxo e alto luxo”, diz o gerente de vendas Alvisi Cozza Neto.

Os mais vendidos são os produzidos no Mercosul e no México. O Brasil mantém um acordo de tarifa de importação zero para automóveis com essas regiões. A crise econômica, que derrubou o comércio de carros ao redor do mundo, tornou o mercado brasileiro ainda mais atraente para as montadoras. Além do benefício da redução do IPI, que vale também para importados com motor até 2.0, várias marcas decidiram fazer promoções. Querem negociar aqui o carro que não conseguem vender lá fora.

“Tem a redução do mercado em países como a Argentina e como o México. Aquela produção de lá que é combinada com as marcas existentes no Brasil têm que ser colocadas em algum lugar”, explica o presidente da Fenabrave Sérgio Reze.

Em uma concessionária, a procura por carros importados aumentou 30% este ano. De cada dez veículos vendidos, dois foram produzidos lá fora. Alguns modelos já estão em falta. Há lista de espera de 40 dias para certo modelo.

Segundo a Fenabrave - entidade que reúne as concessionárias no país - a venda de carros importados subiu mais de 20% no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2008. Já a venda de carros nacionais subiu bem menos proporcionalmente, abaixo de 3%.

Esse aumento na venda dos importados, no entanto, não ameaça a produção nacional, diz o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, já que eles representam uma fatia pequena do mercado.

A indústria nacional concentra as vendas nos carros populares e médios. Os importados encontram um bom nicho de mercado no segmento de luxo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

GM faz novo acordo para venda da Saab

Empresa sueca Koenigsegg tem interesse em controlar a marca.
Negócio só poderá ser fechado com aprovação da Comissão Europeia.

A General Motors anunciou nesta terça-feira (18) que chegou a um novo acordo para vender a marca sueca Saab para a empresa especializada na produção de carros esportivos Koenigsegg, também da Suécia. Em junho, as empresas já haviam assinado um outro acordo prévio, mas o negócio ainda não foi fechado porque a GM espera ainda por uma avaliação do Banco de Investimento Europeu e das garantias do governo sueco.

Carl-Peter Forster, presidente da GM Europa, disse que "este acordo prévio é um passo importante a caminho de um acordo final". O Ministério do Desenvolvimento da Suécia, no entanto, afirma que ainda existem detalhes que precisam ser resolvidos, como uma maior participação de capital privado da Koenigsegg no negócio. "É preciso ainda uma aprovação da Comissão Europeia", diz Joran Hagglund, representante do ministério.

Como parte da proposta, GM e Saab compartilhariam tecnologia e serviço durante um período de tempo a ser definido.

A GM esperava um investimento de US$ 600 milhões do banco europeu, mas segundo o jornal sueco "Dagens Industri", especializado em economia, a Koenigsegg precisaria de mais US$ 412 milhões para fechar a compra.

(G1)

Catar obtém 17% de participação no Grupo Volkswagen, diz revista

Governo do país tem interesse em controlar ações da Porsche.
Porsche e a Volkswagen se recusaram a comentar o assunto.

O governo do Catar pagou à Porsche cerca de 80 euros por ação ordinária da Volkswagen em um acordo recentemente anunciado que dará ao país do Golfo Pérsico uma participação com direito a voto de 17% na maior montadora de veículos da Europa. A informação foi publicada por uma revista alemã que citou fontes próximas da Porsche.

Às 9h35 (horário de Brasília), as ações ordinárias da Volkswagen desabavam 18,3%, cotadas a 138,65 euros, mas ainda estavam quase duas vezes mais caras que o preço de compra

comunicado.

A Manager Magazin citou nesta quarta-feira fontes dizendo que o Catar também comprou da Porsche opções sobre 50% das ações preferenciais da Volkswagen por 63 euros cada.

As ações preferenciais da Volkswagen tinham alta de 6,2%, negociadas a 63,2 euros. Os papéis da Porsche subiam 2,24%, para 53,42 euros.

A Porsche e a Volkswagen se recusaram a comentar o assunto, enquanto representantes do Catar não estavam imediatamente disponíveis. A Porsche informou na semana passada que estava vendendo ativos avaliados em bilhões de euros para o Catar em uma medida para fortalecer suas finanças.

(G1)

Programa de Obama faz GM crescer em vendas e voltar a contratar

Desempenho melhorou com incentivo federal aos consumidores.
Empresa vai readmitir 1,35 mil trabalhadores.

A General Motors, que este ano se declarou em concordata nos Estados Unidos, começou a readmitir funcionários demitidos diante de um aumento das vendas. "Aumentamos a atividade", disse o vice-presidente da empresa, Mark LaNeve, em entrevista coletiva em Detroit (Michigan), principal centro de operações da empresa.

A GM anunciou que aumentará a produção durante o segundo semestre do ano, como resultado do aumento das vendas, impulsionado pelo programa "dinheiro por ferro-velho" iniciado pelo Governo do presidente americano, Barack Obama, para reativar a indústria.

O maior fabricante de automóveis nos Estados Unidos readmitirá 1,35 mil trabalhadores e permitirá que outros 10 mil realizem horas extras, acrescentou. Essa recontratação significará a fabricação de 60 mil unidades acima do planejado durante os últimos dois trimestres do ano, disseram fontes da empresa.

LaNeve disse que a maioria dos empregados readmitidos será alocada à unidade de Lordstown, em Ohio. Os outros se juntarão ao atual pessoal da fábrica de Ontário (Canadá).

O executivo disse que a produção da GM aumentará em 35% durante o terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores. Afirmou que "o quarto trimestre será agora pelo menos 20% superior (em produção) ao terceiro trimestre, o que marca uma tendência muito positiva".

"É gratificante comprovar que está se acelerando a demanda por nossos produtos", disse LaNeve.

Tim Lee, vice-presidente da GM para fabricação e assuntos trabalhistas, disse que a empresa buscará "máxima flexibilidade para manter a produção de acordo com a demanda".

(G1)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Indústria automobilística aposta no crédito para crescer sem desconto do IPI

Economistas apostam na superação da crise em 2010 e na volta do crédito.
Fim do desconto do IPI deverá promover queda nas vendas.

A proximidade do encerramento do ano traz uma dúvida comum entre as empresas do setor automobilístico: será a hora de se preparar para a retomada do mercado? Para os economistas presentes no Seminário Autodata Planejamento 2010, realizado nesta segunda-feira (17), em São Paulo, a resposta é sim. O cenário positivo é traçado pelos especialistas mesmo com o fim da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).

De acordo com a economista chefe do ING Bank, Zeina Letif, abrir mão do desconto sobre o IPI não vai impactar negativamente o desempenho do próximo ano. “A redução do imposto foi essencial, mas dá para dizer que o pior da crise já passou”, observa a economista, que ressalta como fatores que ajudam neste quadro a pressão cambial forte, que não gerou inflação, e a preservação do salário do trabalhador.

Apesar dos sinais positivos de reação da economia brasileira, o diretor da empresa de consultoria AC Pastore & Associados, Afonso Celso Pastore, acredita que o humor do consumidor será afetado pelo fim do incentivo fiscal em um primeiro momento. “A redução do IPI vai trazer a retração da demanda. A queda de vendas não será menor a 5%”, alerta o consultor.

Por outro lado, disponibilidade de crédito (para empresas e consumidores) e exportação devem se recuperar no ano que vem, o que ajudará a indústria automobilística nacional a manter o crescimento. “Ainda há espaço para o Brasil crescer em termos de crédito. Exemplo disso, é que o volume das operações de crédito ao sistema financeiro do país dobrou em dois anos”, afirma o vice-presidente de negócios internacionais e atacado do Banco do Brasil, Allan Simões Toledo. Segundo ele, a crise foi de confiança, mas o setor financeiro já se recupera.

Afonso Celso Pastore reforça que as taxas de juros menores permitem crescimento econômico maior e, com o sistema bancário livre da crise, o crédito no país voltará à expansão e passará a corresponder mais de 50% do PIB.


Além da disponibilidade de crédito, a previsão dos especialistas é de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chegue a 4,3% em 2010 (ao partir de um patamar considerado baixo em 2009), já a taxa básica de juros (Selic) deverá ficar abaixo de 9% e o spread bancário cairá com a redução do nível de inadimplência.

Em relação às exportações – o grande obstáculo do setor -, Pastore acredita na recuperação da economia mundial e que os países asiáticos, puxados pelo crescimento da China e os Estados Unidos, – que possui agressiva política fiscal e monetária – serão os primeiros a sair da recessão. “A Europa vai sair mais lentamente, porque possui países em diferentes situações como Alemanha e França em recuperação e Itália e Espanha em dificuldade”, afirma o consultor.

O México, na visão dos economistas, irá acompanhar a retomada dos Estados Unidos. Já o chefe do Centro de Crescimento Econômico do IBRE, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Samuel de Abreu Pessoa, acredita que a Argentina deverá crescer no próximo ano e voltará a importar produtos manufaturados do Brasil.

Pelo novo cenário traçado a partir de 2010 pelos especialistas, as chances de o próximo ano trazer novo recorde ao setor são grandes.
(G1)