Comissão vigiará para 'que se respeitam as normas europeias'.
Ajuda não poderá ser condicionada à localização das fábricas da Opel.
A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) advertiu nesta sexta-feira (11) que acompanhará a venda da Opel e que as ajudas públicas que possam ser definidas por alguns países não devem ser condicionadas à manutenção da produção em seus territórios.
A Comissão vigiará para "que se respeitam as normas europeias", advertiu o porta-voz do Executivo da União Europeia (UE), Johannes Laitenberger, que ressaltou que as ajudas de Estado "não devem ser condicionadas" a interesses não comerciais "ou à localização geográfica da reestruturação".
O porta-voz disse que a Comissão organizará, "quando achar apropriado", outra reunião em nível ministerial dos países comunitários afetados pela situação de Opel, semelhante a uma já realizada em março.
A General Motors (GM) - casa matriz da Opel - anunciou na quinta-feira (10) a venda de 55% da filial europeia ao fabricante de autopeças Magna, e também que a fábrica da Opel na Antuérpia seria fechada progressivamente.
O vice-primeiro-ministro e titular de Finanças da Bélgica, Didier Reynders, se mostrou hoje a favor de que a Comissão investigue um possível protecionismo alemão na venda da Opel à Magna.
Seus comentários ocorreram depois do anúncio do vice-presidente da GM, John Smith, de que se fecharia progressivamente a fábrica da Antuérpia.
Além disso, a Magna prevê que a fábrica de Figueruelas (Espanha) e a de Ellesmere (Reino Unido) reduzam sua atividade, enquanto as unidades em solo alemão não seriam afetadas.
O porta-voz da Comissão Europeia evitou comentar o anúncio sobre a Antuérpia ou os planos da Magna, e insistiu em que ainda não há decisões firmes.
A decisão da GM de vender à Magna 55% da Opel "é o lançamento de um processo e agora é preciso finalizar os detalhes", acrescentou Laitenberger. A porta-voz da GM Bélgica, Ann Wittemans, disse que "ainda não foi tomada nenhuma decisão" sobre o futuro da unidade da Antuérpia.
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